Tenho várias dicas. Dicas escondidas nos dias corridos, esquecidas pelo desenrolar da vida. Nesse dia dos Namorados, antes de dar presente, pense em SER presente, em ser O próprio presente.
Ta tão difícil encontrar gente decente nesse mundo, sabe? É a queixa mais clichê do universo, eu sei. Mas arranjar gente que realmente valha a pena - e os vinténs a mais que desembolsamos com o presente, está cada vez mais raro.
Nem todos estão dispostos a transportar os "Eu te amos", banalmente ditos, para a prática. Porque amar é bem além de uma foto bonita, exposta no face. Ou de um emoji apaixonado no Whatsapp. Amar de verdade extrapola demonstrações escritas. Textos e frases sempre serão insuficientes para descrever a complexidade do que é realmente estar comprometido, envolvido, devotado a alguém e ao relacionamento que resolveram ter.
Sou do tempo antigo. Criação machista, romântica e o escambau. Vai ver seja por isso que penso que se duas pessoas se predispõem a estarem juntas tem que ser pra valer. E isso não inclui amar alguém apenas porque é bonito(a), inteligente e não pega no pé. Significa gostar em meio as piores gripes catarrentas, ou suportar os primeiros peidos acidentais. Quer dizer ouvir e tentar entender ao invés de sempre contestar, e ativar a chavinha do "amar até as pequenas coisas", sem medo de parecer bobo. Porque amar, amar meeeeesmo, é se apegar a qualquer nuance que um ser comum não poderia enxergar.
Amar é gostar do cheiro da pele sem perfume ou conseguir dar um beijinho mesmo com bafo, quando necessário. Amar é suportar as TPM's ou entender que ele precisa do joguinho do domingo pra ser feliz. Mas amar, amar mesmo, é nunca desistir. É querer ser sempre melhor pra você e pro outro. É saber reinventar as fórmulas já desgastadas, encontrar um novo motivo pra sorrir das mesmas piadas.
O melhor presente que você pode dar não é presente. São lembranças. No sentido mais nobre da palavra. Lembre do outro e faça-o saber disso. Torne-se recordação boa dia após dia. Daquelas que arrancam suspiros e sorrisos de saudade todas as vezes em que estiverem longe. Lembre de não esquecer das pequenas fofurices do início do namoro. E se esquecer - o que não é pecado - lembre de inventar novas maneiras de afagar quem te quer bem.
Seja amigo(a). Seja a primeira pessoa com quem ele ou ela possa contar quando a casa cai. Seja confidente, honesto, fiel. Seja, sobretudo, companheiro(a). Saiam juntos, pensem juntos, planejem juntos, cozinhem juntos, durmam juntos, amem-se como se não houvesse mais ninguém interessante no mundo - ao menos por algum tempo. Sejam únicos um para o outro, insubstituíveis.
Seja a luz da vida de alguém. Ajude a melhorar o que já é bom, e a reerguer o que anda mal. Sem essa de "não posso ser a principal fonte de felicidade do outro". Esse papo é pros não-românticos. Se for despido de romantismo, finja não ser. Você será o melhor namorado ou namorada do mundo. Porque não terá medo de ser o melhor, de ser o centro, de ser tão, mas TÃO bom, que o outro só pensará em você. Que pecado há em viver um amor de cinema?
Esqueça o "não existe felizes para sempre". É por causa dessa crença cruel e realista que o sempre está cada vez mais mirrado. Pra que ter medo do eterno? De fugazes já bastam a maioria das coisas descartáveis desse mundo, meu caro.
Queiram algo muito além de um simples presente. Trabalhem duro, tornem-se cada vez mais raros e indispensáveis um para o outro. Não existe nada mais exclusivo do que ser e fazer alguém feliz.
Feliz dia dos Namorados!
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