Quando acertar está em segundo plano.

Molhei o pincel na água, ansiosa. A diversidade de cores e possibilidades me encantava mais do que qualquer outra coisa. Preenchia linhas vazias entre um borrão e outro com tons únicos, criados a partir do  mágico equilíbrio entre água e pigmento. Os movimentos lentos e suaves ocupavam aos poucos o papel claro, enquanto a mente viajava entre os mundos mais distintos. A beleza do desenho não importava. Queria mesmo era saber o que daria toda aquela mistura. '- Um pouco de azul escurece qualquer tom', ele dizia; Mas eu insistia - descomprometida com o certo ou errado -  em clarear com branco toda e qualquer loucura.    

  



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