Me faz nuvem, algodão doce, suspiro ou outra coisa muito leve. E preciso dizer que desde alguns meses atrás sinto-me acolhida com aquele abraço de quem não deixa espaços vagos. Impossível ter deixado passar batido o encaixe dos lábios e o "medidor biológico de química" que apitava, em tom de comemoração, o que eu já soube desde o primeiro olhar daquele fim de tarde. '- É ele.', meu corpo afirmava internamente, proliferando a informação por cada célula, tecido, órgão e membro, excluindo somente a parte racional do cérebro. Não tive escolha, juro.
Me faz nuvem de chuva - carregada de raios e trombas d'água ou de pequenas gotinhas daquelas que só fazem carinho nas folhas -, de areia - livre e viajante por este e outros solos -, ou de qualquer coisa que se espalhe e percorra longas distâncias facilmente. E é assim que me faço próxima: voo, deslizo em 4, 8 ou mil rodas só pra sentir outra vez aquele coquetel de sensações.
Me faz nuvem, carinho, petit gateou, cócegas, amor, canção ou qualquer coisa que traga bem estar. Incrível como manipula alquimisticamente os meus sentidos, um a um, criando misturas inéditas de seres e estares que eu sequer sabia da existência. É como estar eternamente em dia de estréia de 'quem sou e do que gosto', com direito a frios na barriga, ansiedade e medinhos gostosos.
É, amor, só você me faz nuvem e consegue moldar primorosamente todos esses risos na inconstância da minha névoa tão louca. Sim, me faz nuvem! e consegue tirar todo o peso dos meus dias usando um par de olhinhos sapecas -, me faz nuvem quando acredita que posso estar muitos metros além do que imagino. Me faz nuvem. E linda. E apaixonada. Ou qualquer coisa que me deixe assim, com esse sorriso bobo de FELICIDADE.
Chuva é nuvem quando arriada de amor pelas flores: derrama-se para fazer de si versos de orvalho.
ResponderExcluirLindo texto, Binha!
ResponderExcluirManu