Já chorei dores quase intermináveis. Tudo culpa dessa coisinha complicada que chamam de amor. Depois de anos de erros e acertos posso dizer que acumulei certo aprendizado, certo? - Errado. Gostaria de dizer que sou capaz de escrever uma cartilha das relações. Mas o fato é que, mesmo com tombos mil, o único progresso tem sido a habilidade de não me afogar duas vezes no mesmo rio. Tenho sabido limitar as dores, mas assim como sorrir demais faz doer os músculos da bochecha ou da barriga, limitar a dor também acaba doendo pra caramba.
Tenho confiado mais no instinto que no ímpeto de me jogar em toda e qualquer aventura que pareça minimamente simpática. Mas há quem se proclame "corajoso-amoroso". Mergulham de cabeça nas relações, despidos de todo e qualquer medo de sofrer. O fato é que quando descobrem, já submersos, que não sabem nadar, não dão a mínima. Aprendem sem maiores transtornos. Debatem freneticamente braços, pernas e miolos até que consigam sair do lugar e possam, enfim, desfrutar de tudo aquilo. Você pode ser um desses, amiguinho(a). Eu já fui.
Tenho confiado mais no instinto que no ímpeto de me jogar em toda e qualquer aventura que pareça minimamente simpática. Mas há quem se proclame "corajoso-amoroso". Mergulham de cabeça nas relações, despidos de todo e qualquer medo de sofrer. O fato é que quando descobrem, já submersos, que não sabem nadar, não dão a mínima. Aprendem sem maiores transtornos. Debatem freneticamente braços, pernas e miolos até que consigam sair do lugar e possam, enfim, desfrutar de tudo aquilo. Você pode ser um desses, amiguinho(a). Eu já fui.
Com alguns tipos de relacionamentos a coisa é mais redonda. São os do tipo "mar morto". Tão densos que impedem o afogamento. Estar em um deles é garantia de flutuar calmamente com direito à óculos de sol e limonada. Não há necessidade de nenhum tipo de nado exótico para percorre-los. Embora desprovidos de diversidade, são mansos, estáveis e seguros. Eventualmente entediantes, diga-se de passagem.
Mas existe muita água por esse mundão. E certos namoros são feitos para fazer com que engulamos boa parte dela. Depois é comum que exista uma sessão de respiração boca à boca. Mas quase morrer e voltar à vida tantas vezes deixa alguns traumas. Pular do trampolim mais alto é façanha pra poucos. A verdade é que quem tem um pouquinho a mais de juízo chega, espia, senta na beirada e põe somente os pezinhos dentro d'água.
Ir sentindo aos poucos a temperatura e tentar tocar o fundo com a ponta do dedo do pé: ainda a maneira mais eficaz de evitar maiores sustos. A experimentação proporciona informações valiosas: alguns são profundeza, mistério... valem ao menos um mergulho rápido de reconhecimento. Outros, de tão rasos, simplesmente não servem. Cansam num simples bater de pés.
Ir sentindo aos poucos a temperatura e tentar tocar o fundo com a ponta do dedo do pé: ainda a maneira mais eficaz de evitar maiores sustos. A experimentação proporciona informações valiosas: alguns são profundeza, mistério... valem ao menos um mergulho rápido de reconhecimento. Outros, de tão rasos, simplesmente não servem. Cansam num simples bater de pés.
Ainda não inventaram nenhum tipo de boia ou pelo menos algum outro apetrecho que nos impeça de afundar quando tudo está turvo e revolto. Digo que relações envolvem fôlego muito mais que habilidade. A resistência às intempéries ainda parece um trunfo pra lá de desejável.
O fato é que entre um "caldo" e outro vamos ficando mais treinados(as). Aprendemos a nadar e depois compreendemos que o mesmo nado não funciona pra todas as águas. E tudo recomeça. Tomamos um barco e resolvemos navegar com comodidade pela superfície. O que a gente espera, embora nem sempre admita, é encontrar um bom lugar mais adiante. Algum que valha a mudança de inclinação nas velas e dê um novo rumo àquela procura.
O fato é que entre um "caldo" e outro vamos ficando mais treinados(as). Aprendemos a nadar e depois compreendemos que o mesmo nado não funciona pra todas as águas. E tudo recomeça. Tomamos um barco e resolvemos navegar com comodidade pela superfície. O que a gente espera, embora nem sempre admita, é encontrar um bom lugar mais adiante. Algum que valha a mudança de inclinação nas velas e dê um novo rumo àquela procura.
Iemanjá que nos ajude - à essa altura não é de bom alvitre esquecer de nenhum santo, entidade ou orixá.
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