Filme "Doutor Jivago" (1965)

Descobri o gosto pelos filmes antigos há algum tempo. Ainda criança, assisti com meu pai o belíssimo "Dio come ti amo" estrelado por Gigliola Cinquetti. Desde então, entendi que alguns filmes antigos, até mesmo os preto e branco, valeriam - e muito - a pena. Acabei me tornando fã de Audrey Hepburn - considerada uma das mais belas atrizes da história - e me deliciando com sua irretocável atuação nos clássicos "Bonequinha de Luxo", "A princesa e o plebeu" e "Minha bela dama". 

Recentemente, tive a felicidade de assistir a produção norte-americana de 1965 chamada "Doutor Jivago" (leia aqui a sinopse). Baseado no romance de mesmo nome do autor Boris Pasternark, o filme é um drama épico, ambientado na Rússia (em plena Revolução Russa de 1917). Com destaque para os personagens Lara Antipova (Julie Christie) e Yuri Jivago (Omar Sharif), a trama circula em torno de um romance bem à frente do seu tempo.

Confesso que ao perceber a extensa duração (3 horas), pensei em desistir. Tenho tido pouca paciência até para os filmes de pouco mais de uma hora. Mas digo: a trama conseguiu me prender a cada minuto. Realmente, fiquei surpresa com a riqueza histórica de detalhes. Jamais tinha tido uma visualização tão nítida da famosa revolução, em que os tradicionais czares foram extintos e a Rússia experimentou o socialismo. Não sei o que foi melhor: o romance ou a própria guerra e suas peculiaridades. 

Além disso, não se enganem pela data. Embora o filme esteja prestes a completar 50 anos de lançamento, a imagem é colorida e a fotografia é muito bonita. Vale ressaltar, que em 1966 a produção ganhou nada menos que cinco Oscars (incluindo melhor roteiro, direção de arte, fotografia, figurino e trilha sonora), e ainda um globo de ouro de melhor filme.

Envolvente, bonito e esclarecedor, "Doutor Jivago" conquistou um lugar de destaque entre os meus filmes antigos prediletos. Se você curte um romance histórico, meio épico, recheado de guerras e emoções, o filme é uma ótima pedida!

Esse eu indico!